terça-feira, 17 de abril de 2012


Organogênese em anfioxo

A terceira fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, que se caracteriza pela diferenciação de órgãos a partir dos folhetos embrionários formados na gastrulação. O esquema seguinte representa a fase inicial da organogênese: a neurulação. Após a neurulação, os folhetos embrionários, continuam a se diferenciar, originando os tecidos especializados do adulto.


Do ectoderma diferencia-se o tubo neural, que apresenta no seu interior o canal neural. O endoderma dá origem ao tubo digestório. O mesoderma dá origem aos somitos e à notocorda. Os somitos são blocos celulares dispostos lateralmente no dorso do embrião, e a notocorda é uma estrutura maciça localizada logo abaixo do tubo neural.
O mesoderma delimita cavidades denominadas celomas.

Animais celomados, acelomados e pseudocelomados

Os animais que apresentam celoma são chamados celomados. Todos os cordados são celomados , assim como os moluscos (lesmas, ostras), os anelídeos (minhocas) e os equinodermos (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar).


Há animais triblásticos em que a mesoderma delimita uma parte da cavidade, sendo a outra parte delimitada pela endoderma. Esses animais são chamados de pseudocelomados, pois o celoma só é verdadeiro quando é completamente revestido pelo mesoderma. É o caso dos nematódeos, cujo representante mais conhecido é a lombriga (Ascaris lumbricóides), um parasita do intestino humano.


Em alguns animais a única cavidade que se forma no embrião é o arquêntero, pelo que são designados acelomados. 


O esquema a seguir mostra cortes transversais esquemáticos em organismos acelomados, pseudocelomados e celomados:



Organogênese em rã

A organogênese em rã será estudada como exemplo da organogênese geral dos vertebrados. O esquema a seguir explica de forma simplificada como ocorre a fase inicial da organogênese nesses animais: a neurulação.


Alguns dos destinos finais dos folhetos embrionários nos vertebrados em geral são:


Ectoderma
Mesoderme
Endoderme
  • Epiderme e derivados cutâneos, com as glândulas mucosas;
  • todas as estruturas do sistema nervoso;
  • Epitélio de revestimento das cavidades nasais, anal e bucal.
  • Derme;
  • Músculos;
  • Cartilagem, ossos e outros tecidos conjuntivos;
  • Sangue, medula óssea e tecidos linfáticos;
  • Órgãos do sistema genital e urinário.
  • Epitélio de revestimento do trato digestório (exceto cavidades oral e anal);
  • Fígado e pâncreas;
  • Sistema respiratório (exceto cavidades nasais)

Células embrionárias especiais típicas e exclusivas dos vertebrados formam a crista neural. Essas células diferenciam-se juntamente com a formação do tubo neural a partir do ectoderma do embrião. Elas ficam dispostas ao lado do tubo neural, mas posteriores à região do encéfalo.
As células da crista neural têm a capacidade de migrar pelo corpo, dando origem a diversos tipos celulares, como neurônios sensoriais do sistema nervoso periférico, células da medula da adrenal, derme da pele da cabeça e células pigmentares da pele de todo o corpo.
Considera-se hoje que o passo definitivo na origem dos vertebrados tenha sido a evolução das células da crista neural. Nenhum outro animal as possui.

Organogênese. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao14.php. Acessado em 17 de abril de 2012



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