Embriologia e Histologia matéria do curso de Medicina Veterinária, ministrada pelo professor Matheus Silveira. Como integrantes: Mari Jane Taube, Patricia Rossi, Neri Hellen Vieira da Cunha, Gabriel Batista Geffer Salvalaio, Ariel Frassetto de Oliveira, André Dochwat. Como objetivo ampliar o conhecimento dos alunos em relação ao conteúdo da matéria. Os conteúdos do blog abrangem todas as aulas dadas juntamente com assuntos complementares a matéria.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
PRINCIPAIS ENFERMIDADES DE INTERESSE REPRODUTIVO
PRINCIPAIS
PRINCIPAIS ENFERMIDADES DE
INTERESSE REPRODUTIVO
As doenças da
reprodução possuem peso importante nos índices de natalidade, taxa de prenhez,
retorno ao cio, natimortos, entre outros, ou seja, inúmeros prejuízos.
Várias são as
enfermidades reprodutivas que acometem os bovinos, porém, o aborto causa maior
impacto, mas não é a enfermidade que causa maior perda.
O aborto em bovinos
ocorre nos diversos estágios gestacionais e possui diversas causas, de modo que
é fundamental o seu diagnóstico. As causas principais são a brucelose,
leptospirose, campilobacteriose, complexo herpes vírus, trichomonose, diarréia
viral bovina, intoxicações, nutricionais, de manejo e outras desconhecidas.
BRUCELOSE
A suspeita da
ocorrência de brucelose em um rebanho, geralmente está associada aos abortos no
terço final de gestação, sendo uma enfermidade que afeta várias espécies de
animais domésticos e silvestres.
Acomete bovinos de
todas as idades e de ambos os sexos, afetando principalmente animais sexualmente
maduros, causando sérios prejuízos devido a abortos, retenções de placenta,
metrites, sub-fertilidade e até infertilidade.
Portanto, quanto maior
o número de vacas infectadas (que abortarem ou parirem em uma determinada
área), maior o risco de exposição de outros animais do rebanho. É importante
fazer o diagnóstico das vacas infectadas e sua remoção dos pastos maternidade
antes da parição. Assim, o estágio de gestação e parição, a remoção dos animais
infectados, seguidos de vacinação das bezerras (entre 3 e 5 meses), constituem
importantes detalhes na forma de manejo.
A brucelose (uma das
doenças infecto-contagiosas com maior destaque na esfera reprodutiva) tem como
principal via de contaminação, a digestiva; por água, alimentos, pastos
contaminados com restos de aborto, placentas, sangue e líquidos contaminados
(proveniente de abortos e partos de vacas e novilhas brucélicas).
A transmissão pela
monta por touros infectados também pode ocorrer, mas em menor proporção que a
digestiva.
A principal característica
da brucelose é ser uma doença que afeta os órgãos da reprodução. Através da
inseminacaoção também poderia ocorrer contaminação, pois a "Brucella
abortus" (agente causador) resiste ao congelamento e ao descongelamento
juntamente com o sêmen, mas, o controle sanitário do sêmen envasado nas
centrais de congelamento elimina esta possibilidade pois somente reprodutores
isentos da enfermidade, entre outras, é que devem ser congelados.
Não podemos esquecer
que a brucelose causa sérios danos também aos touros através de orquites e
epididimites uni ou bilaterais, podendo levá-los a sub-fertilidade e até mesmo
à esterilidade.
Quando os touros se
recuperam da enfermidade, podem tornar-se disseminadores, se seu sêmen for
coletado sem diagnóstico prévio, e utilizado em programas de Inseminação
Artificial.
A introdução de
animais infectados, em rebanhos sadios é o caminho de entrada da brucelose na
propriedade, mas a manutenção destes animais, é pior ainda (pela propagação
entre o rebanho).
Com a doença surgem os
abortos, partos prematuros, retenção de placenta, endometrites, orquites,
baixando, portanto, a eficiência reprodutiva do rebanho.
A principal
característica é o aborto que ocorre a partir do quinto mês de gestação,
geralmente acompanhado por retenção de placenta e endometrite.
A vacinação com a
vacina B19 (fêmeas entre 3 e 5 meses), geralmente é eficiente para prevenir o
aborto, além de aumentar a resistência à infecção, mas não imuniza totalmente o
rebanho e tampouco possui efeito curativo.
A percentagem de aborto
na primeira gestação de novilhas brucélicas não vacinadas é de aproximadamente
65-70%; já na segunda gestação cai para 15-20%; após duas gestações
dificilmente acontece o aborto, mas, aí é que reside o problema, pois estas
fêmeas vão parir normalmente. E, a cada parição haverá nova contaminação dos
pastos, devendo estas fêmeas serem descartadas logo após o diagnóstico
positivo, que ocorre através da coleta de sangue e exames laboratoriais.
Nos rebanhos onde as
fêmeas de reposição são basicamente obtidas através de compras indiscriminadas
de animais jovens ou maduros sexualmente, o índice de animais positivos e
abortos tende a ser elevado, disseminando rapidamente a doença.
A vacina contra a
brucelose, com a vacina B19, deve ser feita por Médico Veterinário, sendo que
este deve tomar os devidos cuidados para não se infectarem, uma vez que ela é
feita com vírus vivo, apenas atenuado. Devem ser vacinados apenas as fêmeas com
idade entre 3 e 5 meses, e no momento da vacina , identificar estes animais com
marca a fogo no lado esquerdo da cara.
Exames periódicos de
amostragens do rebanho devem ser realizados para se ter uma idéia da evolução
da enfermidade na propriedade.
Os animais vacinados
na época certa, possuem reação "falso positiva" até aproximadamente 30
meses, pelo método de soro-aglutinação rápida em placa (o mais usado pelo seu
baixo custo, e que nos aponta resultados muito incertos).
Os animais que, por
erro de manejo não foram vacinados, quando do exame não devem reagir, a menos
que já sejam "verdadeiros positivos". Daí a necessidade da marca na
cara, para diferenciar os resultados de soro-aglutinação.
Animais vacinados
tardiamente podem ser ao longo de sua vida "falsos positivos" pois
sempre que se realizar o exame, haverá reação positiva.
Nestas situações, deve
realizar-se outros tipos de exame que diferenciam reação vacinal de positivos.
O diagnóstico
realizado a partir de coleta de material (sangue) próximo ao parto (2 a 4
semanas antes ou depois) implicará em significativo aumento de resultado falso
negativo.
Testes de fixação de
complemento, rosa de bengala, Elisa, e outros, podem ser usados como
diagnósticos mais precisos, mas deve-se levar em conta o custo de tais exames.
É também problema de
saúde humana, pois o homem pode contrair a enfermidade (zoonose) através de
alimentos e água contaminados pelo contato com fetos abortados, urina, fezes,
placenta e carcaças contaminadas, como ainda também pela ingestão de leite não
pasteurizado e do queijo, podendo causar vários distúrbios, inclusive a esterilidade.
As medidas de controle
são afetadas por uma variedade de fatores, mas através de esforço conjunto,
entre Veterinários, proprietários e laboratórios (através de técnicas de
diagnóstico confiáveis e viáveis), pode-se estabelecer critérios e medidas de
manejo, assim como a vacinação, entre outras, para melhor fazer o controle ou
erradicação da brucelose.
LEPTOSPIROSE
Causada por diversos
sorovares da bactéria do gênero Leptospira.
A leptospirose afeta
animais e humanos, causando, principalmente, perdas por abortos em bovinos além
de infecções disseminadas pelo organismo. A transmissão ocorre através da
urina, parto, leite, abortos, mas principalmente através de roedores e animais
silvestres infectados.
A enfermidade
apresenta-se geralmente de forma subclínica (sem sintomas facilmente
detectáveis), particularmente em animais não lactantes e não gestantes.
Manifesta-se clinicamente através de retorno ao cio (aborto precoce- o feto se
mostra autolisado (destruído-desmanchado) indicando que houve morte algum tempo
antes do aborto), queda na produção leiteira, mastites, natimortos, fetos
prematuros e/ou fracos, subfertilidade ou infertilidade decorrentes de
complicações.
O diagnóstico é
realizado de forma diferencial com outras formas de aborto, além de exames
laboratoriais (principalmente da urina), dados clínicos e epidemiológicos.
O tratamento através
de estreptomicina visa impedir a septicemia (disseminação por todo o
organismo), consequentemente controlando a contaminação do ambiente.
A vacinação de todos
os animais (em rebanhos de incidência alta) deve iniciar em todos os bezerros
de 4 a 6 meses de idade, seguidas por vacinações anuais (sempre com vacinas que
abrangem o maior grupo de leptospiras.). A primovacinação (1ª vez) precisa de
um reforço com 3-4 semanas de intervalo.
Como vacinação
estratégica, pode ser realizada 1 (um) mês antes da estação reprodut
IBR-IPV
Rinotraqueíte
infecciosa bovina (IBR) e Vulvovaginite pustular (IPV) fazem parte do complexo
Herpesvírus bovino, causadas pelo HVB tipo-1, responsáveis por abortos entre
outras enfermidades. O HVB pode produzir uma variedade de manifestações
clínicas como a mastite (inflamação do úbere), conjuntivite (inflamação da
conjuntiva), balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio), doenças estas
que podem ocorrer em um mesmo surto, com animais distintos.
A IBR é a forma
respiratória, ocasionando febre e lesões de transtorno nas vias superiores do
animal, com quadros respiratórios graves (as vezes) em animais jovens.
A IPV é uma infecção
da mucosa vaginal e da vulva que manifesta-se por edema, secreção com exsudato,
pústulas de conteúdo mucopurulento, transtorno no ato da micção, endometrites,
repetições de cio e infertilidade temporária por período igual ou superior a 60
dias, quando retorna o ciclo estral normal e fértil.
A infecção nos touros
possui caráter importantíssimo na disseminação da enfermidade através da
cópula, com lesões no pênis e prepúcio, além do sêmen contaminado, os touros
transmitem, a cada monta, o vírus às fêmeas sadias.
A Inseminação
Artificial pode transmitir a enfermidade se o sêmen estiver contaminado.
O aborto (seguido de
retenção de placenta) ocorre normalmente, no terço final da gestação, onde
associados a este, estão os sinais clínicos de conjuntivite, rinotraqueíte,
vulvovaginite, ou ainda, isentos dos mesmos.
Uma vez diagnosticada
a enfermidade devemos proceder a vacinação dos que ainda são jovens e repetindo
a vacinação anualmente para manter a imunidade. Para fêmeas adultas, a
vacinação deve acontecer no início da estação reprodutiva.
BVD
A Diarréia Viral
Bovina (do gênero pestivirus) é um complexo de doenças associadas com a
infecção pelo vírus da BVD que diminui a imunidade. Virose também conhecida por
causar desordens reprodutivas, sendo que a infecção fetal (transplacentária)
pode levar à morte embrionária, ou até defeitos congênitos (nascidos com o
indivíduo, como a microencefalia, hidrocefalia, hipoplasia cerebral, defeitos
oculares), surtos de diarréia, abortos, entre outros.
A infecção com o vírus
da BVDV ocorre através das vias nasal ou oral, podendo ocasionar a morte do
animal (jovem ou adulto) e o nascimento de animais pouco desenvolvidos que
podem tornar-se portadores da enfermidade.
Os animais infectados
(com a introdução no rebanho de animais comprados, principalmente) liberam
continuamente o vírus através de suas secreções e fluídos corporais,
transmitindo lentamente a infecção entre os bovinos, disseminando primeiramente
os animais mais próximos, de forma que a identificação e o isolamento dos
animais por 3 semanas, diminuem as chances de um surto de BVDV.
O sinal clínico de
aborto é o mais difícil para se diagnosticar, o que pode ocorrer semanas após a
instalação do vírus em animais vacinados ou não e, que às vezes, não tenham
demonstrado outros sinais clínicos da enfermidade, além da necessidade do
diagnóstico diferencial das outras causas de aborto.
O controle pode ser
efetuado através de vacinas inativadas (seguindo o esquema do fabricante),
geralmente associadas a outros agentes infecciosos como a parainfluenza. Como
vacinação, pode ser realizada em animais de 8 a 12 meses e estrategicamente 1
(um) mês antes da estação reprodutiva.
TRICHOMONOSE
É doença infecciosa e
sexualmente transmitida, causada pelo Trichomonas foetus que
afeta fêmeas e machos em idade reprodutiva, causando morte embrionária, aborto,
endometrites, piometras, ou fetos macerados, como conseqüências diretas, pois o
maior prejuízo está na diminuição de nascimentos e na demora do estabelecimento
da prenhez, como forma indireta.
A principal via de
transmissão acontece durante a cópula (monta) onde o macho infectado contamina
a fêmea ou é contaminado por esta, ou ainda, através da Inseminação Artificial
com sêmen contaminado.
O aborto pode ocorrer
normalmente até o quarto mês de gestação, mas a característica mais marcante é
o grande número de repetições de cio, ciclos estrais irregulares, baixo índice
de concepção, corrimentos vaginais com fluído claro ou amarelado.
O tratamento das
fêmeas é praticamente ineficaz e desnecessário, pois a maioria destas
recupera-se após um descanso sexual. Prostaglandinas podem ser usadas no
sentido de fazer uma "limpeza" do útero e regularizar o ciclo estral.
Os machos
contaminados, com idade superior a 5 ou 6 anos devem ser descartados, pois
geralmente tornam-se portadores disseminando a doença.
Vacinas inativadas podem
ser usadas em touros jovens para evitar a propagação da enfermidade, mas o
tratamento mais eficaz para as fêmeas é o uso da Inseminação Artificial com
sêmen de reprodutores isentos da enfermidade, ou o repouso sexual por mais de
90-100 dias, o que economicamente, não é interessante.
CAMPILOBACTERIOSE
Enfermidade assim
denominada por ser causada por espécies do gênero Campilobacter fetus
subesp. venerealis, sendo também uma doença venérea,
exclusivamente de bovinos que não causa nenhum mal aos machos, mas inflamações
no trato genital feminino podendo levar até a infertilidade, passando por baixa
taxa de natalidade, endometrite, aborto entre o 4° e o 7° mês de gestação.
O desempenho
reprodutivo das fêmeas pode sugerir a presença da enfermidade, sendo que os
sinais clínicos se assemelham à tricomonose e de outras doenças infecciosas do
aparelho genital.
O tratamento em
bovinos é desaconselhável, pois os resultados são insatisfatórios e
antieconômicos, salvo em condições especiais, quando podem ser tratados com
estreptomicina. A principal medida é o uso de Inseminação Artificial como
tratamento de eleição
Disponível em :
Acessado em :18 do abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Organogênese em anfioxo
A terceira fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, que se caracteriza pela diferenciação de órgãos a partir dos folhetos embrionários formados na gastrulação. O esquema seguinte representa a fase inicial da organogênese: a neurulação. Após a neurulação, os folhetos embrionários, continuam a se diferenciar, originando os tecidos especializados do adulto.
![](http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/organogeneanfioxo.jpg)
Do ectoderma diferencia-se o tubo neural, que apresenta no seu interior o canal neural. O endoderma dá origem ao tubo digestório. O mesoderma dá origem aos somitos e à notocorda. Os somitos são blocos celulares dispostos lateralmente no dorso do embrião, e a notocorda é uma estrutura maciça localizada logo abaixo do tubo neural.
O mesoderma delimita cavidades denominadas celomas.
Animais celomados, acelomados e pseudocelomados
Os animais que apresentam celoma são chamados celomados. Todos os cordados são celomados , assim como os moluscos (lesmas, ostras), os anelídeos (minhocas) e os equinodermos (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar).
![](http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/celoma.jpg)
Há animais triblásticos em que a mesoderma delimita uma parte da cavidade, sendo a outra parte delimitada pela endoderma. Esses animais são chamados de pseudocelomados, pois o celoma só é verdadeiro quando é completamente revestido pelo mesoderma. É o caso dos nematódeos, cujo representante mais conhecido é a lombriga (Ascaris lumbricóides), um parasita do intestino humano.
![](http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/pseudoceloma.jpg)
![](http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/acelomado.jpg)
O esquema a seguir mostra cortes transversais esquemáticos em organismos acelomados, pseudocelomados e celomados:
![](http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/celoma2.jpg)
Organogênese em rã
A organogênese em rã será estudada como exemplo da organogênese geral dos vertebrados. O esquema a seguir explica de forma simplificada como ocorre a fase inicial da organogênese nesses animais: a neurulação.
![](http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/organogenesera.jpg)
Alguns dos destinos finais dos folhetos embrionários nos vertebrados em geral são:
Ectoderma
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Mesoderme
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Endoderme
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Células embrionárias especiais típicas e exclusivas dos vertebrados formam a crista neural. Essas células diferenciam-se juntamente com a formação do tubo neural a partir do ectoderma do embrião. Elas ficam dispostas ao lado do tubo neural, mas posteriores à região do encéfalo.
As células da crista neural têm a capacidade de migrar pelo corpo, dando origem a diversos tipos celulares, como neurônios sensoriais do sistema nervoso periférico, células da medula da adrenal, derme da pele da cabeça e células pigmentares da pele de todo o corpo.
Considera-se hoje que o passo definitivo na origem dos vertebrados tenha sido a evolução das células da crista neural. Nenhum outro animal as possui.
Organogênese. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao14.php. Acessado em 17 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
PLACENTAÇÃO
Desenvolvimento das membranas
extra-embrionárias: PLACENTA
Principais funções da
placenta:
?Trocas de substâncias
entre o feto e a mãe
?Proteção; impede a
passagem de substâncias venosas e de
microorganismos para a circulação
fetal
?Glândula hormonal;
formação de gonadotrofina coriônica,
estrógeno e progesterona
FUNÇÃO PROTETORA DA PLACENTA
Proteção contra a
penetração de bactérias e vírus na
circulação fetal.
Infecções causadas por via
transplacentária:
?Brucelose
(bovino, ovino, suíno)
?Salmonelose
(égua)
?Tuberculose
(principalmente bovino)
PLACENTAÇÃO
Produção
placentária de progesterona suficiente
para manter a
gestação ocorre para as
diferentes espécies:
Ovelha: 50 dias em 150
dias de gestação
Égua: 70 dias em 340 dias
de gestação
Vaca,
Cabra, Porca placenta nunca produz progesterona suficiente para
garantir a gestação.
Funções da progesterona:
?Evitar
retroalimentação negativa ao hipotálamo para inibir
qualquer ciclo estral
adicional
?Inibir o
músculo liso do útero para permitir a fixação e o
desenvolvimento do feto
?Ajudar na
manutenção da contratilidade da cérvice para proteger
o ambiente uterino
?Desenvolvimento
da glandula mamaria
?Estimulo da secrecao de fatores de crescimento pelo endometrio.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Pela diferenciação celular na
gástrula têm início a histogênese (formação dos tecidos) e, depois a
organogênese (formação dos órgãos e demais partes do corpo).
Durante suas fases de transformação, o mesoderma origina uma espécie de
tecido conjuntivo primitivo chamado mesênquima. A partir do mesênquima, passam a se
formar todos os tecidos conjuntivos (conectivo, adiposo, cartilaginoso, ósseo e
hematopoiético), bem como os tecidos musculares.
Vamos ver, portanto, o que cada uma das três regiões do mesoderma deverá
originar:
Esclerótomo
Formará o tecido ósseo, do qual sairão as vértebras. O tecido ósseo invadirá de
maneira progressiva o lugar previamente ocupado pela notocorda. Assim, a
notocorda será substituída pela coluna vertebral.
Dermátomo
Originará a derme, camada de tecido conjuntivo da pele que fica logo abaixo da
epiderme.
Miótomo
Dele
resultarão os músculos estriados esqueléticos (voluntários) na sua grande
maioria. Mas os músculos lisos ou viscerais e o músculo cardíaco só vão surgir
a partir do folheto esplâncnico do hipômero (folheto interno do mesoderma, que
fica próximo ao tubo digestivo primitivo).
Uma
vez observada a diferenciação das três partes do epímero, vejamos, agora, a diferenciação das outras duas
regiões do mesoderma, ou seja, o mesômero e o hipômero.
Do mesômero se formarão os rins,
as vias urinárias e os órgãos do sistema reprodutor.
Do hipômero resultarão (como já
dissemos antes) os músculos lisos e o músculo cardíaco, assim como também as serosas, isto é, as membranas que
revestem internamente as grandes cavidades do corpo: as pleuras (que envolvem
os pulmões, revestindo o interior do tórax), o pericárdio (que recobre o
coração) e o peritônio (que reveste a maioria dos órgãos abdominais e a parede
interna do abdome).
Como
ficou claro, o mesoderma forma, inicialmente, o mesênquima e, a partir deste, todos
os tecidos conjuntivos definitivos do indivíduo (tecido conectivo, tecido ósseo
etc.). Mas ele também cabe formar os tecidos musculares e alguns tecidos
epiteliais, como as serosas. Concluímos, então, que os tecidos epiteliais podem
ter origem no ectoderma, no endoderma e no mesoderma.
Referências Bibliográficas:
Comunidade Fichário Online
Pela
diferenciação celular na gástrula têm início a histogênese (formação dos
tecidos) e, depois a organogênese (formação dos órgãos e demais partes do
corpo).
OS ANEXOS EMBRIONÁRIOS
Durante todo o seu processo de
desenvolvimento, o embrião dos vertebrados faz-se acompanhar de uma série de
anexos que, juntamente com ele, formam-se também da segmentação do ovo, mas que
não farão parte do seu corpo após o nascimento ou eclosão. É que tais formações
se destinam, tão-somente, a servi-lo durante o seu desenvolvimento embrionário.
Nos mamíferos, cujo conjunto de anexos é o mais completo, percebe-se
nitidamente o quanto essas estruturas significam como propriedade temporária do
filho e não da mãe, uma vez que, após o parto, os anexos rejeitados pelo filho
eliminados pela mãe.
Os principais anexos embrionários são:
Âmnio ou bolsa amniótica
Alantóide
Córion
Placenta
Cordão umbilical
Decídua
Os anfíbios nem ela possuem. O âmnio, o
alantóide e o córion, além de vesícula vitelina, já aparecem em répteis, aves e
mamíferos. Os mamíferos formam todos os anexos embrionários, inclusive a
placenta, decídua e o cordão umbilical.
Vesícula vitelina
Tem origem, em parte, no endoderma. A sua
função é armazenar substâncias nutritivas (vitelo) para o embrião durante o seu
desenvolvimento. Mas, nos mamíferos, isso não é necessário e, por isso, ela se
atrofia gradativamente, até o quase completo desaparecimento. Na época do
parto, ela está, juntamente com o alantóide, reduzida a vestígios na estrutura
do cordão umbilical.
Convém ressaltar, no entanto, que, durante
as primeiras semanas do desenvolvimento embrionário, esse anexo ainda é
razoavelmente grande para o concepto (em face das minúsculas dimensões deste) e
se apresenta como o primeiro órgão hematopoético (formador de sangue), pois é
ali que vão ser formadas as primeiras hemácias do embrião. Depois, essa função
será delegada ao mesênquima; mais tarde, ao fígado e ao baço. Após o nascimento
do individuo, esta função é desempenhada exclusivamente pela medula óssea
vermelha.
Nos animais ovíparos, que são provenientes
de óvulos telolécitos, a vesícula vitelina é muito grande e presta enorme
serviço ao embrião como reserva nutritiva durante todo o seu desenvolvimento.
Só os anfíbios, dentre todos os vertebrados, não formam esse anexo, embora
conservem uma considerável quantidade de vitelo no interior de células grandes
– os macrômeros -, resultantes da segmentação total e desigual do seu zigoto.
Âmnio ou bolsa amniótica
É uma estrutura membranosa de origem
ectodérmica, em forma de grande bolsa, que envolve todo o concepto. Essa bolsa
acumula gradativamente um líquido claro chamado líquido amniótico, no qual fica
mergulhado o embrião. É um anexo de proteção que impede não só a infecção do
organismo em formação por micróbios provenientes do meio externo, como atenua
qualquer traumatismo que, atingindo o ventre materno, pudesse alcançar o
embrião.
No mecanismo da evolução das espécies, o
âmnio veio desempenhar papel decisivo para a libertação dos vertebrados em
relação à água no seu processo de desenvolvimento. Quando os vertebrados
tipicamente terrestres (répteis e aves), seus embriões já se desenvolviam no
interior de uma bolsa cheia de liquido, eu lhes dava (dentro do ovo) a mesma
condição que tinham os embriões de espécies menos desenvolvidas no meio
aquático. Eles ficavam, assim, mergulhado em líquidos, não correndo risco de
desidratação.
Nos mamíferos, o embrião não se forma
dentro de um ovo com casaca, mas no interior do ventre materno. Ainda assim, o
âmnio, com o seu líquido, confere-lhe um ambiente de certa forma semelhante ao
dos seus primitivos precursores na história da Evolução.
Os animais que desenvolvem o âmnio durante
a sua embrigênese denominam-se amniotas. Compreendem répteis, aves e mamíferos.
Os que não o formam são chamados anamniotas.
Nos mamíferos, o âmnio se rasga, na ocasião
do parto, permitindo a passagem do feto através de si e dos outros anexos
embrionários, com os quais é também eliminado.
Alantóide
A partir de endoderma, um grupo de células
começa a proliferar, formando uma pequena bolsa que cresce gradualmente e vai
se insinuando entre as células do pedúnculo embrionário.
Isso quer dizer que a minúscula bolsa
formada vai se acomodando na estrutura que originará o cordão umbilical. Nas
espécies ovíparas (répteis e aves), nas quais não há cordão umbilical nem
placenta, essa vesícula cresce bastante até alcançar a casca do ovo. Ela passa,
então, a executar para esses animais importantes funções:
a. Função respiratória.
É através do alantóide que ocorrem as
trocas gasosas (02 e CO2) entre o embrião e o meio. Se você impermeabilizar um
ovo de galinha cobrindo-o com um verniz, nele não ocorrerá, de forma alguma, o
desenvolvimento de um embrião. Por que?
b. Função excretora
No saco alantoidiano dos embriões de
répteis e aves são descarregados os produtos da excreção nitrogenada,
representados notadamente pelo ácido úrico, substância esbranquiçada e pouco
solúvel em água, menos tóxica que a amônia (dos peixes) e a uréia (dos
mamíferos). Durante a permanência do embrião dentro do ovo com casca, o ácido
úrico se mantém confinado dentro do alantóide.
c. Transporte de cálcio
Através da alantóide, uma certa quantidade
de cálcio é retirada da casca do ovo e transportada até o embrião, sendo
utilizada na formação dos ossos.
Nos répteis e aves (animais ovíparos) o
alantóide é bem desenvolvido e desempenha um papel muito parecido com o da
placenta durante a sua formação embrionária, não precisam do alantóide, o qual,
por isso mesmo, neles se apresenta pouco desenvolvimento.
Peixes e anfíbios são animais
analantidianos, isto é, que não possuem alantóide durante a formação
embrionária. Répteis, aves e mamíferos já são alantoidianos.
Placenta
É um corpo discóide, achatado, que possui
uma face lustrosa, voltada para a feto e recoberta por membranas. Nesta face se
localizam grossos vasos sangüíneos. A placenta possui ainda outra face,
esponjosa, implantada na parede uterina. Nesta face, estão as vilosidades
coriais, cujos vasos (pertencentes à circulação fetal) estão em íntima
vizinhança com os vasos uterinos (pertencentes à circulação materna). A
circulação sangüínea da mãe não se mistura com a circulação sangüínea do filho.
Mãe e filho trocam substâncias ao nível da placenta, mas os elementos figurados
do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) não são trocados. Cada um circula
no seu continente. A placenta tem origem trofoblástica e surge a partir do
córion frondoso.
a. Trocas gasosas e metabólicas na relação
feto-materna
As substâncias nutritivas, como glicose,
aminoácidos, lipídios, vitaminas e sais, existentes no sangue da mãe atravessam
a barreira placentária e alcançam a circulação fetal, enquanto, em sentido
contrário, passam os excretas, como a uréia e outros produtos de metabolismo do
feto, que são vertidos na circulação materna. Também os gases, como oxigênio e
dióxido de carbono, sofrem essa permuta, em função das diferentes de pressões
parciais entre o sangue da mãe e o sangue do filho.
b. Imunização fetal
Numerosas moléculas de anticorpos formados
pela mãe, como gamaglobulinas e anticorpos específicos, atravessam a placenta e
passam para o feto, conferido a este último imunidade temporária (por cerca de
seis meses após o nascimento) à maioria das doenças infecciosas imunizantes,
como sarampo, catapora, caxumba, a varíola, difteria etc.
c.Função hormonal
Logo após a nidação do ovo no endométrio, o
corpo-lúteo ou corpo-amarelo, que se forma no ovário após a ovulação, produz
progesterona em dose acentuada, tornando-se volumoso e se estabelecendo como
"corpo-lúteo gravídico". A progesterona por ele produzida e lançada
na circulação provoca no útero um estado de "indiferença" à presença
do concepto, que, na verdade, não passa de um corpo estranho para nele. No
entanto, a partir do quatro mês, a placenta assume integralmente essa função,
produzindo a progesterona e também certa quantidade de estrogênios. Assim, ela
mantém o útero na condição de "indiferença" ao feto. Ao fim da
gravidez, a placenta envelhecida diminui a sua produção hormonal. Essa queda de
produção restitui ao útero a sua capacidade de contração e rejeição do corpo
estranho. O útero passa a contarir-se, visando a expulsão do feto e de seus
anexos. Inicia-se o período de trabalhar de parto.
A placenta representou na evolução das
espécies, uma contribuição da Natureza aos mamíferos, permitindo-lhes
desenvolver suas crias embrionariamente dentro do ventre materno, com maior
segurança. Isso evita o ataque predador aos ovos (o que ocorre com os animais
ovíparos), que limita muito o número de descendentes viáveis. Assim, os
mamíferos podem ter menos descendentes, porém com uma viabilidade maior destes.
Cordão umbilical
É proveniente do pedúnculo embrionário.
Atua como estrutura de comunicação entre o embrião e a placenta. Longo, mais ou
menos cilíndrico, encerra três grossos vasos: uma veia e duas artérias, embora
nas artérias corra sangue venoso (com dióxido de carbono) e na veia corra
sangue oxigenado.
A estrutura do cordão é preenchida por um
tecido conjuntivo gelatinoso conhecido como gelatina de Wharton.
Decídua
É uma membrana delgada, indistinta do
córion liso e do âmnio (as três juntas delimitam a bolsa amniótica). Origina-se
a partir da camada de endométrio (mucosa uterina) que ficou recobrindo o ovo
após a nidação deste. A decídua tem, também função protetora.
Quando o blascotocisto chega ao útero,
penetra na mucosa uterina, incrustando-se nela à custa de enzimas proteolíticas
eliminadas pelo trofoblasto. Essa mucosa – o endométrio – cicatriza em seguida,
recobrindo o ovo. Esse fenômeno é chamado de "nidação do ovo". A
camada de mucosa que reveste o ovo continuará cobrindo todo o concepto durante
a gestação inteira. E não só a ele, mas aos demais anexos embrionários. Essa
final camada de mucosa que se apresenta como uma delgada membrana, grudada à
face externa do âmnio, é a decídua. Praticamente é inseparável no âmnio, e com
ele será eliminada, após o parto. Tem, obviamente função de proteção.
BIBLIOGRAFIA
Soares, José Luiz Fundamentos de Biologia: a célula, os tecidos embrionários, Volume I – José Luiz Soares – São Paulo: Scipione 1998. MARCADANTE, Clarinda Coleção base: Biologia – Volume Único / Clarinda Marcadante, José Arnaldo Favareto – 1. ed – São Paulo: Moderna, 1999. SOARES, José Luiz Biologia: Volume único – José Luiz Soares – São Paulo: Scipione, 1997
Soares, José Luiz Fundamentos de Biologia: a célula, os tecidos embrionários, Volume I – José Luiz Soares – São Paulo: Scipione 1998. MARCADANTE, Clarinda Coleção base: Biologia – Volume Único / Clarinda Marcadante, José Arnaldo Favareto – 1. ed – São Paulo: Moderna, 1999. SOARES, José Luiz Biologia: Volume único – José Luiz Soares – São Paulo: Scipione, 1997
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