segunda-feira, 21 de maio de 2012


 EPITÉLIO


            Um epitélio ou tecido epitelial é um tecido formado por células intimamente unidas entre si. Sua principal função é revestir a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais internas. A perfeita união entre as células epiteliais fazem com que os epitélios sejam eficientes barreiras contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos corporais.
             Os epitélios são caracterizados por serem constituídos de células com diferentes formas e uma ou mais camadas celulares, com pouca ou virtualmente nenhuma matriz extra celular (fluido intersticial) nem vasos entre elas. Contudo, todo epitélio está situado sobre uma malha glicoprotéica, produzida por ela, chamada lâmina basal. É um dos quatro tipos de tecidos básicos do organismo, juntamente com o tecido muscular, conjuntivo e nervoso.
            As células epiteliais provêm dos três folhetos germinativos. A maior parte das células epiteliais que cobrem a pele e algumas cavidades naturais (boca, ânus e fossas nasais) tem origem ectodérmica. Os epitélios que revestem quase todo o tubo digestório e a arvore respiratória provem do endoderma: as glândulas do aparelho digestório, como o pâncreas e o fígado, também são formadas por epitélios de origem endodérmica. A maioria dos epitélios restantes tem origem mesodérmica, como o rim,por exemplo.
O tecido epitelial apresenta vários tipos de funções, como, proteção, revestimento, absorção, secreção e a proteção da superfície do corpo.
            Suas especializações servem para  o melhor funcionamento de órgãos e tecidos, alem de revesti-los internamente e externamente.

Especializações Superficiais

            Microvilos
            O estudo ao microscópio eletrônico de células epiteliais com função de absorção (como no intestino e em parte do rim), mostrou que na superfície livre da célula existem milhares de evaginações da membrana sob a forma de dedos de luva. São os microvilos. Essas estruturas apresentam a parte central elétro-densa, observando-se no seu interior filamentos que são continuações da trama terminal.
            Freqüentemente, nos microvilos, o revestimento glicoprotéico característico das células epiteliais (glicocálix) apresenta-se mais denso, mas pode ser filamentoso. Essa diferenciação do glicocálix provavelmente está relacionada com o processo de pinocitose, freqüentes, nas partes da membrana celular que ficam entre as inserções dos microvilos.

 Cílios e Flagelos

            Na superfície das células epiteliais ciliadas existe grande quantidade de estruturas móveis e alongadas chamadas cílios. Ao microscópio eletrônico, eles geralmente se apresentam como formações cilíndricas, revestidas pela membrana celular, contendo no centro um par de microtúbulos isolados e na periferia dezoito microtúbulos fundidos dois a dois e dispostos circularmente.
            Os cílios inserem-se nos chamados corpúsculos basais, estruturas semelhante à dos centríolos.
            Em material vivo podemos observar os cílios movimentando-se rapidamente de um lado para o outro. O movimento ciliar é geralmente coordenado, provocando uma corrente de fluido em uma só direção, na superfície dos epitélios ciliados. A fonte de energia para tal atividade é provavelmente o ATP.
            Os flagelos, encontrados nos mamíferos somente nos espermatozóides, têm uma estrutura semelhante à dos cílios. Diferem, entretanto, em suas dimensões, sendo mais longos que estes.

         São encontrados na região apical das células de revestimento do epidídimo e do canal deferente. São constituídos por longos microvilos que podem ou não se anastomosar livremente entre si . O nome estereocílios é inadequado, porque sugere a presença de movimentos, e essas estruturas não são móveis.


Especializações Laterais das Células Epiteliais
Outro tipo de junção celular presente em muitos epitélios é a zona de oclusão, uma espécie de cinturão adesivo situado junto à borda livre das células epiteliais. A zona de oclusão mantêm as células vizinhas tão encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Assim, substâncias eventualmente presentes em uma cavidade revestida por tecido epitelial não podem penetrar no corpo, a não ser atravessando diretamente as células.

            Sob um tecido epitelial há sempre uma espécie de tapete de moléculas de proteínas ao qual as células se ligam: a lâmina basal. As bases das células epiteliais ficam aderidas à lâmina basal por meio de estruturas celulares especiais, denominadas hemidesmossomos. Estes lembram desmossomos, mas possuem estrutura e função diferentes, conectando as bases das células epiteliais à lâmina basal, em vez de ligarem as membranas de células vizinhas, como fazem os desmossomos.

As junções de adesão que ligam fortalecem células epiteliais contíguas são de dois tipos diferentes. O primeiro tipo, presente, por exemplo. entre as células epiteliais intestinais, é denominado (zonula adherens). Como a (zonulas accludens), este tipo de junção de adesão estende-se em torno de todo o perímetro da célula. Ela também fica situada próximo à borda luminal da célula, em um nível logo abaixo da (zona occludens) em cada borda lateral. Em um nível logo a baixo destas duas junções paralelas tipo cinto, há também junções de adesão tipo mancha (macular). Representando o segundo tipo de junção de adesão, as junções de adesão musculares estão dispersas em todo o perímetro da célula sob a forma de uma fileira descontínua. Este arranjo característico dos três tipos especificados de junções é denominado complexo juncional. Como a junção tipo (zona adherens) em cinto ocupa a porção média(intermediaria) do complexo juncional, ela também é comumente chamada junção intermediaria. Um outro nome para o mesmo tipo de junção tipo cinto é desmosama em cinto. Ela apresenta uma lacuna intercelular comparativamente larga (20nm) que é preenchida por um material filamentoso constitua um forte elo entre as membranas celulares justapostas. A junção de adesão zonular é um sitio principal onde microfilamentos citoplasmáticos estão ancorados na membrana celular;por tanto, seu papel primário parece ser a prevenção da separação celular durante várias atividades contráteis que envolvem os filamentos contráteis que envolvem os filamentos contráteis associados à borda luminal e suas microvilosidades.
       
            Uma das mais importantes junções celulares é o desmossomo. Um desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído de duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células a outra metade na célula vizinha. Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem perto da membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um grande numero de filamentos constituídos da proteína queratina.

Referências
·         JUNQUEIRA E CARNEIRO.Histologia Basica, Guanabara Koogan.
·         CORMACK.Histologia, Guanabara Koogan.
·         DAVID H. CORMACK, Ham Histologia, Guanabara Koogan, 9° Edição.
·         GEORGE E CASTRO, Histologia Comparada, Roca.
·         LESLIE P. GARTNER, JAMES L. HIATT, Guanabara Koogan.
·         JUNQUEI & CARNEIRO, Histologia Basica, Guanabara Koogan. 9° Edição.

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