segunda-feira, 21 de maio de 2012


 EPITÉLIO


            Um epitélio ou tecido epitelial é um tecido formado por células intimamente unidas entre si. Sua principal função é revestir a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais internas. A perfeita união entre as células epiteliais fazem com que os epitélios sejam eficientes barreiras contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos corporais.
             Os epitélios são caracterizados por serem constituídos de células com diferentes formas e uma ou mais camadas celulares, com pouca ou virtualmente nenhuma matriz extra celular (fluido intersticial) nem vasos entre elas. Contudo, todo epitélio está situado sobre uma malha glicoprotéica, produzida por ela, chamada lâmina basal. É um dos quatro tipos de tecidos básicos do organismo, juntamente com o tecido muscular, conjuntivo e nervoso.
            As células epiteliais provêm dos três folhetos germinativos. A maior parte das células epiteliais que cobrem a pele e algumas cavidades naturais (boca, ânus e fossas nasais) tem origem ectodérmica. Os epitélios que revestem quase todo o tubo digestório e a arvore respiratória provem do endoderma: as glândulas do aparelho digestório, como o pâncreas e o fígado, também são formadas por epitélios de origem endodérmica. A maioria dos epitélios restantes tem origem mesodérmica, como o rim,por exemplo.
O tecido epitelial apresenta vários tipos de funções, como, proteção, revestimento, absorção, secreção e a proteção da superfície do corpo.
            Suas especializações servem para  o melhor funcionamento de órgãos e tecidos, alem de revesti-los internamente e externamente.

Especializações Superficiais

            Microvilos
            O estudo ao microscópio eletrônico de células epiteliais com função de absorção (como no intestino e em parte do rim), mostrou que na superfície livre da célula existem milhares de evaginações da membrana sob a forma de dedos de luva. São os microvilos. Essas estruturas apresentam a parte central elétro-densa, observando-se no seu interior filamentos que são continuações da trama terminal.
            Freqüentemente, nos microvilos, o revestimento glicoprotéico característico das células epiteliais (glicocálix) apresenta-se mais denso, mas pode ser filamentoso. Essa diferenciação do glicocálix provavelmente está relacionada com o processo de pinocitose, freqüentes, nas partes da membrana celular que ficam entre as inserções dos microvilos.

 Cílios e Flagelos

            Na superfície das células epiteliais ciliadas existe grande quantidade de estruturas móveis e alongadas chamadas cílios. Ao microscópio eletrônico, eles geralmente se apresentam como formações cilíndricas, revestidas pela membrana celular, contendo no centro um par de microtúbulos isolados e na periferia dezoito microtúbulos fundidos dois a dois e dispostos circularmente.
            Os cílios inserem-se nos chamados corpúsculos basais, estruturas semelhante à dos centríolos.
            Em material vivo podemos observar os cílios movimentando-se rapidamente de um lado para o outro. O movimento ciliar é geralmente coordenado, provocando uma corrente de fluido em uma só direção, na superfície dos epitélios ciliados. A fonte de energia para tal atividade é provavelmente o ATP.
            Os flagelos, encontrados nos mamíferos somente nos espermatozóides, têm uma estrutura semelhante à dos cílios. Diferem, entretanto, em suas dimensões, sendo mais longos que estes.

         São encontrados na região apical das células de revestimento do epidídimo e do canal deferente. São constituídos por longos microvilos que podem ou não se anastomosar livremente entre si . O nome estereocílios é inadequado, porque sugere a presença de movimentos, e essas estruturas não são móveis.


Especializações Laterais das Células Epiteliais
Outro tipo de junção celular presente em muitos epitélios é a zona de oclusão, uma espécie de cinturão adesivo situado junto à borda livre das células epiteliais. A zona de oclusão mantêm as células vizinhas tão encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Assim, substâncias eventualmente presentes em uma cavidade revestida por tecido epitelial não podem penetrar no corpo, a não ser atravessando diretamente as células.

            Sob um tecido epitelial há sempre uma espécie de tapete de moléculas de proteínas ao qual as células se ligam: a lâmina basal. As bases das células epiteliais ficam aderidas à lâmina basal por meio de estruturas celulares especiais, denominadas hemidesmossomos. Estes lembram desmossomos, mas possuem estrutura e função diferentes, conectando as bases das células epiteliais à lâmina basal, em vez de ligarem as membranas de células vizinhas, como fazem os desmossomos.

As junções de adesão que ligam fortalecem células epiteliais contíguas são de dois tipos diferentes. O primeiro tipo, presente, por exemplo. entre as células epiteliais intestinais, é denominado (zonula adherens). Como a (zonulas accludens), este tipo de junção de adesão estende-se em torno de todo o perímetro da célula. Ela também fica situada próximo à borda luminal da célula, em um nível logo abaixo da (zona occludens) em cada borda lateral. Em um nível logo a baixo destas duas junções paralelas tipo cinto, há também junções de adesão tipo mancha (macular). Representando o segundo tipo de junção de adesão, as junções de adesão musculares estão dispersas em todo o perímetro da célula sob a forma de uma fileira descontínua. Este arranjo característico dos três tipos especificados de junções é denominado complexo juncional. Como a junção tipo (zona adherens) em cinto ocupa a porção média(intermediaria) do complexo juncional, ela também é comumente chamada junção intermediaria. Um outro nome para o mesmo tipo de junção tipo cinto é desmosama em cinto. Ela apresenta uma lacuna intercelular comparativamente larga (20nm) que é preenchida por um material filamentoso constitua um forte elo entre as membranas celulares justapostas. A junção de adesão zonular é um sitio principal onde microfilamentos citoplasmáticos estão ancorados na membrana celular;por tanto, seu papel primário parece ser a prevenção da separação celular durante várias atividades contráteis que envolvem os filamentos contráteis que envolvem os filamentos contráteis associados à borda luminal e suas microvilosidades.
       
            Uma das mais importantes junções celulares é o desmossomo. Um desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído de duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células a outra metade na célula vizinha. Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem perto da membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um grande numero de filamentos constituídos da proteína queratina.

Referências
·         JUNQUEIRA E CARNEIRO.Histologia Basica, Guanabara Koogan.
·         CORMACK.Histologia, Guanabara Koogan.
·         DAVID H. CORMACK, Ham Histologia, Guanabara Koogan, 9° Edição.
·         GEORGE E CASTRO, Histologia Comparada, Roca.
·         LESLIE P. GARTNER, JAMES L. HIATT, Guanabara Koogan.
·         JUNQUEI & CARNEIRO, Histologia Basica, Guanabara Koogan. 9° Edição.


Aorta
      

        A aorta é a principal artéria sistêmica do corpo. Divide-se em aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente. A porção da aorta descendente no tórax é chamada aorta torácica.
        A aorta é a continuação do ventrículo esquerdo. Em seu trajeto, apresenta orientação oblíqua, em direção cranial e para a esquerda da linha mediana em uma extensão de 5 cm aproximadamente. Em seguida, apresenta flexão em forma de croça ou cajado (cajado aórtico) mudando a direção posteriormente e para a esquerda, assumindo então trajeto vertical. Esse segmento da aorta é denominado aorta descendente torácica até o nível da quarta vértebra torácica, quando então atravessa o centro tendíneo do diafragma, em uma abertura constituída pelos pilares diafragmáticos, o hiato aórtico. O segmento abdominal é denominado aorta abdominal. Ao nível da quarta vértebra lombar bifurca-se em seus ramos terminais, as artérias ilíacas comuns.
        A aorta é uma artéria elástica, de túnica espessa e constituída, em grande parte, por lâminas de tecido elástico. O vaso é constituído para resistir à pressão sistólica e manter a expansão e retração elástica. Sua elasticidade diminui com a idade. As paredes da aorta são nutridas por "vasa-vasorum" originados de seus vários ramos. As paredes da aorta ascendente e do arco aórtico contêm presso-receptores cujas fibras ascendem com os nervos vagos até centros vasomotores no tronco encefálico. A estimulação desses receptores por aumento da pressão produz reação reflexa, de queda da pressão arterial e da freqüência cardíaca.
        Descreveremos apenas a anatomia da aorta em seus segmentos ascendente, horizontal (arco aórtico) e parte inicial da aorta descendente torácica, que em conjunto constituem o cajado aórtico, termo muito empregado em textos cirúrgicos.
        Esta denominação para esses segmentos aórticos se deve à curva que a aorta descreve no mediastino em seu trajeto no sentido ântero-posterior, cranial e posteriormente ao pedículo do pulmão esquerdo. O cajado aórtico se inicia portanto no óstio aórtico do ventrículo esquerdo e se estende até a esquerda da quarta vértebra torácica. Em seu trajeto, inicialmente ocupa a porção média do mediastino anterior, próximo à face posterior do esterno, do qual se afasta progressivamente em direção ao mediastino posterior, para a esquerda da coluna vertebral. Apresenta calibre variável entre 20 e 30 milímetros no adulto assumindo um aspecto cilíndrico. Seu calibre diminui após a emissão dos principais ramos na croça (arco aórtico).
A aorta é revestida pelos tecidos conjuntivos  reticulares e tecidos epiteliais pavimentosos  simples .




 Imagens histologicas de uma aorta : com o uso de uma lente ocular de aumento de 10x e uma objetiva de aumento 10x ,com um aumento final de 100x






 Imagens histologicas de uma aorta : com o uso de uma alente ocular de aumento de 10x e uma objetiva de aumento 40x ,com um aumento final de 100x



ANATOMIA CIRÚRGICA DOS GRANDES VASOS
 Disponivel em :http://www.compuland.com.br/anatomia/vasos.htm. Acesso em 20 de maio de 2012.
Tendão





Tendão com objetiva de 10 X ocular de 10, AUMENTO DE 100 X




Tendão com objetiva de 40 X ocular de 10, AUMENTO DE 400 X

 O tendão é formado por tecido conjuntivo denso modelado, é uma fita ou cordão fibroso, constituído por tecido conjuntivo e que permite a inserção dos músculos aos ossos ou a outros órgãos por meio de ligamentos anulares ou retináculos. Estruturas fibrosas e com a função de manter o equilibrio estático e dinâmico do corpo, os tendões são a parte esbranquiçada, rija e não-contrátil dos músculos estriados.

Diferem quanto à forma e à disposição, dependendo da sua união às fibras musculares. De cor branca nacarada (rosada), são formados por fibras não-elásticas que formam grupos ou feixes cobertos por tecido conjuntivo laxo, que os separam entre si.
Por serem formados por um tecido conjuntivo com fibras colágenas entrelaçadas entre si, permitem que a distribuição das forças de todas as partes do músculo.
Os tendões podem ser longos, assim como as inserções podem estar separadas ou passarem por muitas articulações. Alguns podem ainda possuir pequenos ossos sesamóides, que servem como um tipo de roldana para que deslizem.
Tendão calcâneo ("Tendão de Aquiles")
Tendão calcâneo ("Tendão de Aquiles")
Os tendões possuem a capacidade de se regenerar, através da proliferação de células do tecido conjuntivo que os envolve. Esta propriedade regenerativa auxilia no tratamento de lesões. Dentre os tendões, o mais resistente e o mais suscetível é o tendão calcâneo ou tendão de Aquiles, nome inspirado no personagem mitológico pelo qual também é conhecido.  O calcâneo cruza o joelho e o tornozelo, pontos em que é comum ocorrer lesões em atletas, dentre elas a tendinite aquileana.
























 OLIVEIRA, M.Tendão. Disponível em :http://www.infoescola.com/sistema-muscular/tendao/ Acesso em 21 de maio de 2012.

Esôfago 







Esôfago, objetiva de 10 X, ocular de 10, AUMENTO : 100 X





  • Função:
    • Transportar rapidamente o alimento da boca para o estomago.
  • Constituição:  Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado; Glândulas cárdicas esofágicas (mucosas) – na mucosa próxima ao esôfago, Glândulas esofágicas (mucosas) – na submucosa; Túnica muscular
      • terço superior – músculo estriado esquelético;
      • terço médio – músculo estriado esquelético e músculo liso;
      • terço inferior – músculo liso.
  • É revestido internamente por tecido pavimentoso estratificado e logo abaixo dele, encontra-se uma lâmina de tecido conjuntivo frouxo, que além de possuir fibras musculares lisas, é irrigado por vasos sanguíneos e linfáticos.


     Sistema Respiratório. Disponível em http://histologia.fateback.com/ . Acessado em 21 de maio de 2012

Traquéia






Lâmina da traquéia com objetiva de 10 X ocular de 10, AUMENTO DE 100 



Lâmina da traquéia com objetiva de 40 X ocular de 10, AUMENTO DE 400 

A traquéia é um órgão que se continua com a laringe e termina ramificando-se nos dois brônquios extrapulmonares. Na sua estrutura apresenta um número variável de peças cartilaginosas do tipo hialino, as quais são revestidas por pericôndrio que se continua com um tecido conjuntivo fibroso, unindo as cartilagens entre si. A porção dorsal da traquéia (voltada para o esôfago), que não é ocupada por cartilagem apresenta feixes musculares lisos. Ela é revestida internamente por um epitélio do tipo respiratório que está sob uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas. Além disso, contém glândulas principalmente do tipo mucoso, cujos ductos se abrem na luz traqueal. Externamente a traquéia revestida por tecido conjuntivo frouxo, formando a camada adventícia, que liga o órgão aos tecidos vizinhos.
A principal característica da mucosa traqueal, é ser secretora. O muco produzido forma um tubo mucoso que funciona como uma barreira mucosa às partículas de pó que entram junto com o ar inspirado, nesse tubo o muco é transportado em direção à faringe pelo batimento ciliar. Outro sistema de defesa além da barreira mucosa, é a barreira linfocitária, sua função é imune e ela é composta por linfócitos e por acúmulos linfocitários ricos em plasmócitos.

 Sistema Respiratório. Disponível em : http://histologia.fateback.com/ . Acessado em 21 de maio de 2012

Pele grossa/fina



Lâmina de pele grossa com objetiva de 10 X ocular de 10, AUMENTO DE 100 X.

Lâmina de pele fina com objetiva de 10 X ocular de 10, AUMENTO DE 100 X.









Lâmina de pele grossa com objetiva de 40 X ocular de 10, AUMENTO DE 400 X.


Lâmina de pele fina com objetiva de 40 X ocular de 10, AUMENTO DE 400 X.

Epiderme
A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e posição. Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a queratina.

A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme. Este pigmento é mais distinto nas células da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grânulos muito pequenos, marron-escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das células.

Derme
A derme, cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada.
A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar.
A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células.

A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares altamente sensitivas, as papilas. As papilas são pequenas eminências cônicas de extremidades arredondadas ou dilatadas.

Tecido Subcutâneo
A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta última camada não é considerada como pertencente à pele e por isso é chamada de tela ou tecido subcutâneo ou hipoderme. O tecido subcutâneo é composto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das variações extremas do meio ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes. Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido; nestes locais, a pele está fixada diretamente no osso. A pele das articulações e dos dedos apresenta dobras e é enrugada porque está aderida ao osso.




 Sistema Tegumentar. Disponível em : http://www.auladeanatomia.com/tegumentar/tegumentar.htm . Acessado em 21 de maio de 2012.




 Aula prática de microscopia: 


 No dia 15 de maio de 2012 realizou-se uma aula prática no laboratório didático de  departamento de Medicina Veterinária da Universidade estadual do Centro Oeste do Paraná. Nesta aula foram observadas em microscópio óptico, lâminas de diferentes tecidos e órgãos. Esta atividade teve como objetivo a compreensão dos alunos em relação a identificação de tecidos epiteliais e tecidos conjuntivos. A seguir  foi explanado algumas especificações sobre cada lâmina visualizada.



 GLÂNDULA MAMÁRIA






Glandula Mamária objetiva de 10 X, ocular de 10, AUMENTO : 100 X





Glândula Mamária objetiva de 40 X, ocular de 10, AUMENTO : 400 X








   A estrutura histológica das glândulas mamárias varia de  acordo com o sexo, idade e estado fisiológico. Assim, as glândulas  mamárias começam seu desenvolvimento após a puberdade, quando ficam expostas às estimulações cíclicas por estrógeno e progesterona, aumentam em tamanho durante a gravidez e alcançam seu tamanho máximo durante a amamentação. 
   Cada glândula mamária é composta por 15-20  lobos formados por  glândulas túbulo-alveolares compostas envolvidos  por tecido conjuntivo e adiposo. Cada lobo subdivide-se em lóbulos, que contêm os  alvéolos/ácinos  ou túbulos, os quais constituem as porções secretoras que segregam o leite para os ductos interlobulares terminais. Estes convergem nos  ductos galactóforos ou lactíferos.que, por sua vez, confluem no  seio galactóforo (dilatação do ducto  galactófaro ) e finalmente a secreção láctea chega ao mamilo. 

Função→ secretar leite para nutrir os recém-nascidos.  

Glândulas Mamárias: 
            As lâminas que se seguem correspondem a cortes de glândulas mamárias em três 
momentos fisiológicos diferentes: gestação, lactação e repouso.
            Observamos grupos de formações glandulares (alvéolos e ductos) envolvidos por 
tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo, os quais correspondem a lóbulos das glândulas. 
Cada lóbulo corresponde a uma glândula mamária. Na sequência observamos as
 modificações morfológicas características de cada fase mostrada.

 


  MELDAU, D.C.  Glândula mamária. Disponível : 
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/glandulas-mamarias/


Acessado em 21 de maio de 2012.Atlas reprodutor feminino.  Disponivel: 





TECIDOS CONJUNTIVOS
Maximiliano Mendes – 2009
Características gerais:
Tecido caracterizado por possuir diversos tipos de células, pouco justapostas, e matriz extracelular abundante. Características distintas em relação aos tecidos epiteliais. A matriz extracelular pode ser subdividida em dois componentes:
  • Substância fundamental amorfa: constituída de água e diversas macromoléculas (glicosaminas, proteoglicanos, glicoproteínas…).
  • Fibras: estruturas alongadas e de constituição protéica, como as de elastina, colágeno e reticulares (que por sua vez também são constituídas de colágeno).
    • Colágenas: fibras bastante resistentes à tensão. Dentre outras funções, contribuem para a manutenção da firmeza da pele. O colágeno é o tipo de proteína mais abundante do corpo.
    • Elastina: capazes de recuperar sua forma original após serem submetidas a forças de tensão.
    • Reticulares: também são constituídas de colágeno. Ligam o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. Também são capazes de criar redes em órgãos que podem mudar de forma ou volume, como vasos sangüíneos e o intestino. (Reticulado é aquilo que, como o nome indica, tem aspecto de rede).
Ao contrário dos tecidos epiteliais, que podem ser originados a partir dos três folhetos germinativos, os tecidos conjuntivos têm origem mesodérmica. Apesar disso, existem diversos tipos de tecidos conjuntivos como veremos posteriormente.
Dentre os tipos celulares que podem ser encontrados nesses diversos tecidos conjuntivos, podemos citar os fibroblastos, macrófagos, condrócitos, osteócitos, adipócitos e células do sangue.
Funções:
Dentre as diversas funções estão:
  • Preenchimento de espaços. Por exemplo: entre órgãos e entre tecidos. Daí o nome: conjuntivo ou conectivo.
  • Sustentação: função que pode ser exercida pelos ossos e as cartilagens, como exemplos, as cartilagens do pavilhão auditivo externo, nariz e sistema respiratório (anéis na traquéia).
  • Defesa: pois possui e origina leucócitos, as células responsáveis pela defesa imune.
  • Proteção: os ossos da caixa craniana, caixa torácica e coluna vertebral envolvem e protegem órgãos e estruturas importantes. Ademais, o tecido adiposo presente nas solas dos pés os protegem contra impactos.
  • Nutrição: pois possuem vasos sangüíneos e o próprio sangue é um tipo de tecido conjuntivo. A derme, um tecido conjuntivo propriamente dito é responsável pela nutrição da epiderme, um tecido epitelial, e, portanto, desprovido de vasos sangüíneos. Além disso, podem constituir reserva energética, como no caso do tecido adiposo.
  • Cicatrização, graças à multiplicação dos fibroblastos e sua produção de matriz extracelular, que, de certa forma, ocupam o espaço lesionado.
  • De forma geral, podemos dizer também que, em associação ao tecido muscular, os tecidos conjuntivos estão envolvidos no estabelecimento e manutenção da forma do corpo.
TIPOS:
Os tecidos conjuntivos são caracterizados de acordo com o tipo de célula e a quantidade de matriz extracelular que possuem:
1. Tecido conjuntivo propriamente dito:
Frouxo: É o tipo de tecido conjuntivo mais comum, encontrado por todo o corpo. Possui diversas funções, como preenchimento, apoiar órgãos e epitélios, nutrição e cicatrização de feridas.  Há a presença de fibras elásticas, reticulares e colágenas.
Denso: em comparação com o frouxo, possui muitas fibras colágenas. Pode-se subdividir os tecidos conjuntivos propriamente ditos densos em:
  • Modelado: as fibras de colágeno se apresentam orientadas de forma paralela. É o tipo de tecido que constitui os tendões (unem os músculos aos ossos) e ligamentos (unem os ossos entre si).
  • Não-modelado: as fibras de colágeno não se apresentam orientadas. Um bom exemplo é a porção mais interna da derme (da pele).
Dentre os tipos celulares que podemos destacar, presentes nos tecidos conjuntivos propriamente ditos, estão os fibroblastos e os macrófagos. Os fibroblastos são as células responsáveis pela produção da matriz extracelular com suas fibras e pela cicatrização, ao passo que os macrófagos são células fagocitárias do sistema imunitário.
2. Adiposo: tecido cujas células, os adipócitos, armazenam lipídios, sendo assim, tem as funções de reserva energética, isolante térmico e proteção contra choques mecânicos 
3. Cartilaginoso: tecido cujas células são os condrócitos. É um tecido firme, que não apresenta vasos sangüíneos, sendo assim, sua nutrição é feita por difusão de nutrientes a partir de outros tecidos adjacentes. Tem as funções de sustentação (nariz, pavilhão auditivo externo e trato respiratório, nesse último caso, graças à presença de anéis cartilaginosos que mantêm as vias respiratórias abertas, para facilitar a passagem do ar) e proteção de superfícies articulares.
4. Ósseo: suas células são os osteócitos. É um tecido rígido, pois sua matriz extracelular apresenta sais de Cálcio, cujas funções principais são a sustentação, movimentação (em associação com os músculos) e proteção de estruturas internas. 
É importante destacar que os ossos são rígidos por terem matriz calcificada, porém, também apresentam certa maleabilidade, o que aumenta bastante sua resistência. Essa maleabilidade é conferida pela presença das fibras de colágeno. 
5. Reticular ou hemocitopoiético: origina células do sangue, constitui a medula óssea vermelha. Veremos o sangue em separado.
Doenças e aspectos relacionados:

  • Escorbuto: doença causada pela deficiência de vitamina C, cofator enzimático importante para que haja a síntese do colágeno. A falta de colágeno promove a degeneração do tecido conjuntivo, como a derme, hemorragias na gengiva e pode causar a perda de dentes.
  • Estrias: lesões na pele causadas pelo estiramento e rompimento de porções da derme e fibras elásticas. Normalmente ocorrem em associação ao fato de o indivíduo engordar rapidamente e/ou mudanças hormonais, de forma que a multiplicação celular não consegue acompanhar o aumento rápido da área superficial do corpo. As linhas que aparecem na pele são devido ao fato de que suas porções mais internas se tornam mais visíveis deixando-a com listras inicialmente avermelhadas e posteriormente esbranquiçadas.
  • Celulite: condição na qual a pele apresenta o aspecto de vários “furinhos”, semelhante à aparência das cascas das laranjas e tangerinas. Existem fibras protéicas que unem a pele aos músculos, passando pelo tecido adiposo entre os dois (tela subcutânea). Essas fibras têm a função de conferir firmeza à pele. Uma das causas da celulite pode se dever ao acúmulo de lipídios na tela subcutânea, camada de tecido adiposo localizada abaixo da derme, que empurra a pele para cima, exceto nos locais onde as fibras protéicas citadas se ancoram, gerando os tais furinhos.



REFERÊNCIAS
Amabis & Martho. Biologia das Células. Moderna. 2004.
Junqueira & Carneiro. Histologia Básica. 10ª Ed. Guanabara Koogan. 2004.
Junqueira & Carneiro. Basic Histology. 11th Ed. McGraw-Hill. 2005.
Sônia Lopes. Bio: Volume Único. 2004.


 TECIDOS CONJUNTIVOS.  Disponível em : http://crentinho.wordpress.com/2009/10/12/tecidos-conjuntivos/ . Acessado em 21 de maio de 2012.