ESTUDO DOS TECIDOS
Preparo
de cortes Histológicos
Os cortes são
derivados da remoção de pequenas amostras representativas de tecidos, cortadas
em fatias muito delgadas, apropriadas para o estudo microscópico, para o M.O.;
em geral os cortes são preparados pela técnica de parafina ( lâminas
permanentes).
TÉCNICA DE PARAFINA PARA PREPARO
DE CORTES
1. Amostra de Tecido: A amostra deve ser pequena, obtida através de
excisão cirúrgica (biópsia), ou pós morte (necropsia). A amostra não deve exceder 1 cm, em qualquer
dimensão. Este tamanho pode variar em
função do tipo de equipamento apresentado pelo laboratório, onde o corte será
preparado. Não pode-se esquecer da
identificação da amostra
2.Fixação: Os fixadores objetivam endurecer os tecidos
moles e prevenir a deterioração e outras
alterações estruturais indesejáveis nas células e nos tecidos. Atuam como coaguladores
proteícos. Evitam a digestão das células pelas enzimas celulares por ela liberadas
após a morte, o que danificaria os tecidos para o exame microscópico. Apresentam
também ação anti-séptica matando bactérias e outros agentes causadores de doenças
nos tecidos infectados, que poderiam, eventualmente, ameaçar a saúde dos que
manuseiam tais tecidos. O fixador mais
comum é a solução de formal à 10%;
outros fixadores: álcool, fixador de Bouin, Zenker.
3. Lavagem: O primeiro passo da técnica consiste em deixar
a amostra sendo lavada em água corrente por um período de 12 horas, será
removido assim o excesso de formol.
4.Desidratação: O objetivo da técnica de parafina é substituir
a água dos tecidos pela parafina. Como a parafina não é solúvel em água, é
necessário primeiro retirar a mesma da amostra de tecido. Isto é feito em dois
estágios:
1º - Substituição da água por
álcool - passa-se o tecido em várias soluções de álcool com o aumento de
graduação na concentração, num amplo período de tempo.
- álcool 70º - 1 a 2 hs
- álcool 80º - 1 h
- álcool 90º - 1 h
- álcool 96º - 1 h
- álcool 100º- 1 h
- álcool 100º- 1 h
2º - Clarificação ou Diafanização
- Substituição do álcool por um solvente de parafina
miscível com o álcool. Usa-se o
Xilol como solvente. Passa-se o tecido em várias trocas de
Xilol até que o álcool seja
substituído por este. O tecido fica meio transparente.
- Xilol I -1 h Xilol II- 1
h Parafina I - 1 h Parafina II -1 h 4
5. Inclusão: Coloca-se a amostra impregnada por xilol em 2
trocas de parafina líquida aquecida. O tecido logo fica inteiramente saturado
com parafina, sendo que, a cera líquida passa a ocupar todos os espaços do
tecido, que antes continha água. Este procedimento é feito dentro da estufa. A
cêra endurece a medida que esfria, onde monta-se o bloco de parafina (emblocagem),
para que possa ser cortado em fatias delgadas.
6. Microtomia :O bloco de
parafina é colocado em peças de madeira para ser colocado no micrótomo; onde se
desbasta a parafina até chegar ao corte, após gradua-se o micrótomo para cortes
de 3 a 6 um, onde sairão os cortes desprendendo-se da navalha, com suas bordas aderidas
aos cortes vizinhos de modo a constituir uma fita da qual, cada um deles é, individualmente,
separado com facilidade.
7. Confecção da lâmina: Os cortes
são esticados em água morna, e depois colocados em lâminas contendo albumina de
Meyer, para fixar o corte à lâmina. (lado brilhante voltado para o vidro). Deixar
escorrer o excesso de água, e levar as lâminas para estufa, onde se deixa secar
completamente e começar a derreter a parafina. Outra maneira é esticar os
cortes em álcool a 20% e depois passar
pela gelatina, dispensando a albumina.
8. Coloração: A maioria dos
tecidos são incolores, o que torna difícil sua observação ao microscópio
óptico. Devido a isto, foram introduzidos métodos para a coloração dos tecidos de
modo a tornar seus componentes visíveis e destacados uns dos outros. A coloração é feita usando geralmente misturas
de substâncias químicas denominadas
corantes. A maioria dos corantes usados em histologia comporta-se como ácidos ou básicos e tendem a formar ligações
salinas com radicais ionizáveis presentes nos tecidos. Os componentes dos tecidos que se coram facilmente
com corantes básicos são chamados basófilos, sendo chamados de acidófilos os que
se liga a corantes ácidos. A
hematoxilina não é um corante básico, mas
comporta-se como tal, ligando-se as estruturas basófilas dos tecidos. A
eosina é um corante ácido. A coloração dupla pela Hematoxilina e pela Eosina (
H - E ) é a mais utilizada na rotina em histologia.
* Hematoxilina - coram núcleos de azul
* Eosina - coram citoplasma róseo
Figura 1 - Estudo microscópico das estruturas celulares do pedículo de base inferior da mama. A. Retirada da amostra cirúrgica (2x3cm) do pedículo inferior. B. Blocos de parafina com tecidos do pedículo. Lâminas preparadas com coloração em HE. C.
PEREIRA REIGINER, Regina C. Histologia Básica. Disponível
em: http://www.urcamp.tche.br/histologia/atlas/docs_histo/POLIGRAFO_HISTOLOGIA_I.pdf ,
acessado em
10 de março 2012.
DIAS DOS REIS, Gilberto Marcos.A Técnica do Pedículo de Base Inferior em Mamaplastia Redutora e Mastopexia Causa Quistos?. Disponível em: http://www.rbcp.org.br/detalhe_artigo.asp?id=102Acessado em 10 de março 2012.
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